Alberto Free

Alberto João Jardim gosta de viajar.
Melhor, o Alberto gosta mesmo muito de viajar.

Até aqui tudo bem.

É sempre agradável descobrir novas culturas em países mais ou menos distantes. Ouvir diferentes linguas e dialectos, novos cheiros e aromas, tendências e gostos.

Esta mistura de realidades díspares ajuda-nos de alguma forma a compreender um bocadinho mais a nossa realidade. Ao regressarmos, vemos muitas vezes as coisas numa perspectiva que só a distância física e alheamento da realidade monótona e diária permitem.

Tudo se torna muitas vezes relativo dependendo da experiência que tivemos, sejam os problemas familiares, dilemas amorosos, o emprego que detestamos porque o patrão é um "sodomita"ou a conta da Tv Cabo por pagar.

Sentimos que não estamos sozinhos , para o bem e para o mal.

Ao calcorrearmos os passeios do mundo disfrutamos de uma sensação de total desprendimento.

Só verdadeiramente a aventura pelo desconhecido nos dá esta liberdade. A liberdade de descoberta não tem preço ( digo eu e diz o Alberto).

Eu falo por mim, adoro sentir esta sensação ao mesmo tempo pura e eufórica de alheamento.
Fico quase tão eufórico como quando ouço um cd do José Cid ou do Marante.

E quando a nossa carteira (ou a de todos nós no caso de Alberto) nos permite viajar para onde queremos, sem um "plafond" limitado a garrotear-nos, aí sim a coisa torna-se interessante.

E Alberto não se faz rogado nem contido quando o assunto é viajar, e ninguém é tido nem achado:
Em plena crise o presidente do Governo Regional da Madeira gastou a "módica" quantia de meio milhão de euros apenas em 2008 em viagens classificadas de "Secretas".

Sim leram bem. Meio milhão de euros.
Repito: 500.000,00 euros
Este montante é mais de 1/4 do orçamento da presidência do executivo. O mesmo não inclui qualquer despesa de Investimento.

Este traveller que por caso também é Presidente do governo Regional da Madeira ausenta-se em média nas suas viagens uma semana, muitas vezes para participar em reuniões de um dia (o resto é para o pagode, my friends! Quem pode, pode.)

Agora alguns números: Em 6 viagens realizadas pelo Tribunal de Contas o Albertito gastou mais de 70.000 euros! Apesar de só em 2 delas ter pago as passagens aéreas, normalmente pagas pelas instituições Europeias.

Londres e Jersey : 8 dias, 23.000 euros, dos quais 13.300 euros só de Hotel. ( já imaginaram esta proposta de viagem numa montra de uma agência ? Não era de rir?)

Alberto João deve concerteza ter alugado um dos coches da rainha para passear.

Depois gostou tanto dos cavalos que o transportaram que decidiu trazê-los para a Madeira.

Ou muito me engano ou vão ser deputados da Assembleia Regional ou presidentes de alguma coisa muito em breve. Até parece que o estou a ouvir dizer " tenho lá alguns comunistas que cheiram bem pior"...

Tudo seria pacífico se estes valores, apesar de exagerados, fossem pagos com o seu dinheiro.

Mas Alberto, esse maroto, tem a irritante mania de usar o dinheiro dos contribuintes para estes 30 dias de lúxurias como lhe chamaria "Edgar Silva" do PCP.

E é um bocado dificil de compreender que no estado em que estamos, alguns que nos governam, ou seja, agentes do Estado, se aproveitem dos cargos que exercem. Despudoradamente e sem embaraço aparente.

O próprio Alberto já veio dizer que " continuará a fazer as viagens que tiver de fazer e nos termos que a lei permite". Ou seja, é "confidencial" ? então toca a torrar tudo nem que seja a comprar Barbies no Corte Inglês de Huelva, ou corta-unhas em Algeciras.
Gastar durante 1 ano apenas e em viagens mais do que um português ganha em toda a sua vida de trabalho dá que pensar. Mas Alberto não pensa nisso, muito ,menos debaixo da sua mantinha e almofadas de peninhas de pato a 30.000 pés de altitude. Enquanto fuma o seu Cohiba e come snacks de caviar Beluga com pepino, tudo desaparece.

O que muitos condenariam eu sou aqui a defender com toda a minha convicção.
Entendo Jardim. E entendo esta permanente fuga para o estrangeiro ou apenas para o próprio Portugal Continental.

Porque ele como eu sabe que " só verdadeiramente a aventura pelo desconhecido nos dá esta liberdade".

E o Alberto sabe ainda, como qualquer outro português ou Fidel saberia, que para ser se ser verdadeiramente livre tem de se sair da Madeira de vez em quando.

Não é verdade?





1 comentários:

Xani disse...

Revolucionario..Patria o muerte! ("El soldado" ihihih)
Dizem que foi assim que o vinho da Madeira chegou a Puerto Rico, ay!