O nosso país não sabe cuidar dos seus próprios filhos, somos bastardos dentro do nosso próprio solo, a alma Lusa de que falam é um “mito rural” que continuamos a acalentar para esconder as nossas próprias incapacidades e defeitos.
A verdade é que Portugal maltrata os portugueses, e quase sempre assim foi. E até posso ser acusado de estar a ser um velho do Restelo ao dizer isto, mas a verdade é que prever que apareça por aí um Adamastor é difícil, já constatar este simples facto de sermos o parente pobre do nosso próprio país é relativamente fácil.
Estou a falar no geral é claro. No particular e no tocante ao grupo de amigos que nos governa neste preciso instante em que escrevo esta novela ainda se torna mais rocambolesca.
E então se o tema for a Cultura e artes, aquela coisa chata que o nosso primeiro-ministro admitiu em plena A.R. andar a descurar há 4 anos então o resultado é calamitoso.
Senão veja-se: temos um Prémio Nobel da Literatura que pura e simplesmente se fartou de Portugal e decidiu ir viver numa ilha cheia de calhaus em pleno atlântico. Mais recentemente foi a mundialmente conhecida pianista Maria João Pires que não se ficou pelo meio do Atlântico e decidiu mesmo que o seu destino era o Brasil, e não só por lá ficar a residir como ser cidadã brasileira em "regime de exclusividade". Parece que está voltada para o ramo hoteleiro. É caso para dizer: what a fuck?
Eu até entendo o bom do Saramago e a mudança de ares que operou. Os calhaus continuam: tanto por lá como por cá. No fundo é o paradigma da imagem daquele slogan que, imagine-se, o próprio Turismo português desenvolveu: “O vá para fora cá dentro”.
A diferença reside no facto de em Lanzarote os calhaus serem de origem vulcânica e em Portugal serem de origem humana.
Mas se ele se sente bem por lá, deixá-lo, também já não está em idade para se apoquentar com estas “portuguesices”.
Afinal de contas ele é apenas um Nobel. Que tem isso? Ele por acaso treina o Inter de Milão? Joga no Real Madrid? Foi transferido para o F.C Lanzarote por 94 milhões €?
Não. Pois não?
Então que se deixe estar sossegadinho, de pantufas calçado e mantinha nas pernas, e não venha cá ao nosso “Portugal altamente tecnológico” pedir batatinhas. Se continuar armado em parvo quando bater as pantufinhas nem um funeral de Estado lhe fazemos (porque não vai haver calendário para isso).
E agora esta Maria João, artista brasileira, só porque já tocou piano em meia dúzia de bares de hotel julga que já pode arrebitar cachimbo? Fazer exigências? Eu quando tinha 12 anos também tocava um órgão da "Casio" minha amiga, e até tinha aquela música “wake me up, before you go go” do George Michael memorizada. E eu dançava e tu não, só tocas.
Por acaso é o Caetano Veloso ou o Chico Buarque? Ou o gajo do “é o bicho, é o bicho”? Por acaso joga no Flamengo, no Vasco da Gama ou na selecção brasileira?
Ela por acaso é um grande “maestro” como o Deco?
É que é preciso ter lata, quem a ouvir até pensa que é uma artista reconhecida, como a Fafá de Belém, que pode pesar 300 kg que continua a encher o pavilhão Atlântico.
Queres ir morar numa favela Maria João? Vai e sê feliz…
Mas esta gente não entende que o povinho português quer é ver “os Cristianos da vida” a jogar à bola? Ainda que a bola, o objecto que se chuta em si, tenha um QI superior aos cérebros do conjunto dos 11 elementos da equipa juntos e em plena actividade.
O comum português que é ver o Tony Carreira no maior piquenique do mundo, e quebrar mais dois recordes do Guiness, o do piquenique e igualmente o de maior ajuntamento de labregos alguma vez conseguido (sem ser num concerto do Toy).
O português, como diria Manuel vilarinho, esse grande poeta, dirigente benfiquista e enólogo: “Esta-se a cagar” para as artes!
Ir a um museu para a maioria dos portugueses é tão apelativo como passar um dia na “frigideira” do Tarrafal.
Ver uma peça de teatro em que os actores não digam uma asneira em cada frase é uma completa e perfeita monotonia.
Doutra forma, que razão haveria para os realizadores portugueses em cada filme que fazem com intenções de ganhar dinheiro em vez de o perderem utilizarem, e peço desculpa, o caralho e foda-se como ponto e vírgula?
E normalmente não gastam dinheiro em guarda-roupa. Porque esquecem-se pura e simplesmente de vestir as personagens.
O português quer é o caos, o português é o caos, e adora ser o caos!
Queremos é arraial, sardinhas, febras, festarolas, festivais, asneirada, labregada, foguetório, feiras, confusão, bofetada, escândalo, bola, música popular, cerveja, jarras de vinho e tremoços.
Adoramos que falem de nós no estrangeiro, mesmo que seja apenas e habitualmente porque um idiota qualquer deu um pontapé numa bola. O povo fica feliz e cria os seus ídolos.
Somos o que merecemos ser e por isso estamos onde merecemos estar. E quem está mal neste Portugal dos Pequenitos que se mude. Há sempre as ilhas do atlântico ou o outro lado do mesmo como refúgio. Mas afinal de contas, vivemos num país em que Santana Lopes, no entender de muitos, foi em tempos um excelente Ministro da cultura. Mais palavras para quê?
Estive em Amesterdão há apenas 1 mês, numa das maiores salas de espectáculos da cidade anunciavam com toda a pompa e em letras garrafais um concerto da nossa quase ex cidadã portuguesa mas ainda e para sempre pianista Maria João pires.
Senti-me bem, confortavelmente orgulhoso de certa forma.
Hoje não sei se sentiria o mesmo…
É caso para dizer: Who wants to be a portuguese ?
A verdade é que Portugal maltrata os portugueses, e quase sempre assim foi. E até posso ser acusado de estar a ser um velho do Restelo ao dizer isto, mas a verdade é que prever que apareça por aí um Adamastor é difícil, já constatar este simples facto de sermos o parente pobre do nosso próprio país é relativamente fácil.
Estou a falar no geral é claro. No particular e no tocante ao grupo de amigos que nos governa neste preciso instante em que escrevo esta novela ainda se torna mais rocambolesca.
E então se o tema for a Cultura e artes, aquela coisa chata que o nosso primeiro-ministro admitiu em plena A.R. andar a descurar há 4 anos então o resultado é calamitoso.
Senão veja-se: temos um Prémio Nobel da Literatura que pura e simplesmente se fartou de Portugal e decidiu ir viver numa ilha cheia de calhaus em pleno atlântico. Mais recentemente foi a mundialmente conhecida pianista Maria João Pires que não se ficou pelo meio do Atlântico e decidiu mesmo que o seu destino era o Brasil, e não só por lá ficar a residir como ser cidadã brasileira em "regime de exclusividade". Parece que está voltada para o ramo hoteleiro. É caso para dizer: what a fuck?
Eu até entendo o bom do Saramago e a mudança de ares que operou. Os calhaus continuam: tanto por lá como por cá. No fundo é o paradigma da imagem daquele slogan que, imagine-se, o próprio Turismo português desenvolveu: “O vá para fora cá dentro”.
A diferença reside no facto de em Lanzarote os calhaus serem de origem vulcânica e em Portugal serem de origem humana.
Mas se ele se sente bem por lá, deixá-lo, também já não está em idade para se apoquentar com estas “portuguesices”.
Afinal de contas ele é apenas um Nobel. Que tem isso? Ele por acaso treina o Inter de Milão? Joga no Real Madrid? Foi transferido para o F.C Lanzarote por 94 milhões €?
Não. Pois não?
Então que se deixe estar sossegadinho, de pantufas calçado e mantinha nas pernas, e não venha cá ao nosso “Portugal altamente tecnológico” pedir batatinhas. Se continuar armado em parvo quando bater as pantufinhas nem um funeral de Estado lhe fazemos (porque não vai haver calendário para isso).
E agora esta Maria João, artista brasileira, só porque já tocou piano em meia dúzia de bares de hotel julga que já pode arrebitar cachimbo? Fazer exigências? Eu quando tinha 12 anos também tocava um órgão da "Casio" minha amiga, e até tinha aquela música “wake me up, before you go go” do George Michael memorizada. E eu dançava e tu não, só tocas.
Por acaso é o Caetano Veloso ou o Chico Buarque? Ou o gajo do “é o bicho, é o bicho”? Por acaso joga no Flamengo, no Vasco da Gama ou na selecção brasileira?
Ela por acaso é um grande “maestro” como o Deco?
É que é preciso ter lata, quem a ouvir até pensa que é uma artista reconhecida, como a Fafá de Belém, que pode pesar 300 kg que continua a encher o pavilhão Atlântico.
Queres ir morar numa favela Maria João? Vai e sê feliz…
Mas esta gente não entende que o povinho português quer é ver “os Cristianos da vida” a jogar à bola? Ainda que a bola, o objecto que se chuta em si, tenha um QI superior aos cérebros do conjunto dos 11 elementos da equipa juntos e em plena actividade.
O comum português que é ver o Tony Carreira no maior piquenique do mundo, e quebrar mais dois recordes do Guiness, o do piquenique e igualmente o de maior ajuntamento de labregos alguma vez conseguido (sem ser num concerto do Toy).
O português, como diria Manuel vilarinho, esse grande poeta, dirigente benfiquista e enólogo: “Esta-se a cagar” para as artes!
Ir a um museu para a maioria dos portugueses é tão apelativo como passar um dia na “frigideira” do Tarrafal.
Ver uma peça de teatro em que os actores não digam uma asneira em cada frase é uma completa e perfeita monotonia.
Doutra forma, que razão haveria para os realizadores portugueses em cada filme que fazem com intenções de ganhar dinheiro em vez de o perderem utilizarem, e peço desculpa, o caralho e foda-se como ponto e vírgula?
E normalmente não gastam dinheiro em guarda-roupa. Porque esquecem-se pura e simplesmente de vestir as personagens.
O português quer é o caos, o português é o caos, e adora ser o caos!
Queremos é arraial, sardinhas, febras, festarolas, festivais, asneirada, labregada, foguetório, feiras, confusão, bofetada, escândalo, bola, música popular, cerveja, jarras de vinho e tremoços.
Adoramos que falem de nós no estrangeiro, mesmo que seja apenas e habitualmente porque um idiota qualquer deu um pontapé numa bola. O povo fica feliz e cria os seus ídolos.
Somos o que merecemos ser e por isso estamos onde merecemos estar. E quem está mal neste Portugal dos Pequenitos que se mude. Há sempre as ilhas do atlântico ou o outro lado do mesmo como refúgio. Mas afinal de contas, vivemos num país em que Santana Lopes, no entender de muitos, foi em tempos um excelente Ministro da cultura. Mais palavras para quê?
Estive em Amesterdão há apenas 1 mês, numa das maiores salas de espectáculos da cidade anunciavam com toda a pompa e em letras garrafais um concerto da nossa quase ex cidadã portuguesa mas ainda e para sempre pianista Maria João pires.
Senti-me bem, confortavelmente orgulhoso de certa forma.
Hoje não sei se sentiria o mesmo…
É caso para dizer: Who wants to be a portuguese ?
1 comentários:
Tanto o velho senil Saramago como a MJ Pires podem pôr-se a andar que não fazem falta nenhuma.
O primeiro, por ser Nobel, não deixa de ser um comuna demente com uma obra literária simplesmente intragável. É um favor que faz a esta pobre nação o seu exílio em Lanzarote.
A segunda, lá por ter talento ao piano, não quer dizer que o tenha para embarcar em projectos fantasiosos e de pouca ou nenhuma utilidade. Deram-lhe uma oportunidade, leia-se 'graveto', e deu para o torto. Temos pena!
Se querem ir para Lanzarote ou Brasil, que vão e não ponham cá mais os pés. Só fazem falta os que cá estão!
Ass: um Patriota.
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