Quando todos pensávamos que não haveria espaço para mais escandaleira à qual o nome do nosso governante máximo aparecesse associado eis que surge o caso Freeport.
Em 2007 ficámos sem saber se o nosso primeiro efectivamente acabou o curso que lhe dá o titulo de engenheiro, os documentos que o comprovariam "desapareceram".Sem comentários.
Em 2008 e no decorrer deste trimestre vamos assistindo a uma telenovela que nos envergonha a todos, os actores são maus, o guião tresanda a colômbia,e a co-produção entre portugueses e Ingleses fica aquém do expectavel (dada a tradição dos mesmos nas reconhecidas soap operas).
Enfim, tudo é mau nesta produção.
Mas uma das actrizes principais deste processo, a procuradora Cândida Almeida,encarregue da boa condução do mesmo rumo ao objectivo principal, que para o leigo (leia-se honesto), será sempre a descoberta da verdade, não pára de nos surpreender. Acontece que , ao que parece existe e está na posse dos investigadores Ingleses um tal Dvd com conversas algo compremetedoras para o Engenheiro Socrates, chegando mesmo a ser citado o seu nome por um dos visados do processo apontando-o como corrupto o então ministro do ambiente, agora Primeiro-ministro.
Existindo de facto este Dvd, não seria aconselhável aos responsáveis pela Investigação darem uma olhadela, sei lá, ainda que à hora de almoço ou na pausa para café, de forma a procurar indagar se algo que o mesmo contenha possa ser traduzido em pista ou pistas para a descoberta da verdade?
Diz a procuradora com toda a propriedade que tal objecto à luz do direito em Portugal não pode ser considerado prova, dado que seria necessaria a autorização dos intervenientes aquando da escuta e para o uso do mesmo como tal, e daí e passo a citar a procuradora "nem querer saber o que o mesmo contém para não compremeter a investigação".
Mas não será o inverso, ou seja, o não visionamento do tal Dvd, um passo largo para comprometer não só a investigação, como a confiança de quem assiste em quem investiga o caso?
Vamos a um caso pratico: O meu predio tem 40 fogos, morre alguem assassinado nas escadas e tudo aponta para que tenha sido um dos moradores. Dias após é entregue às entidades competentes uma gravação feita por um conhecido de um dos moradores e na qual o mesmo é visado como um potencial e muito provável assassino.
A gravação em si não serve de prova, não é indiscutivel a culpabilidade só porque alguem o diz. Mas será uma atitude plausível por parte de quem investiga o caso pura e simplesmente ignorar esta informação? Nada fazer será normal?Não será importante e não deveria até ser do interesse do visado esclarecer este assunto de forma a ver o seu nome limpo se inocente?
Uma coisa é certa, da fama não se livra. E neste país, e para a maioria das pessoas, a ideia é cada vez mais a de que somos governados por alguém que vê constantemente o seu nome ligado a casos menos claros. Numa altura de crise, de desacreditar generalizado em relação a tudo e todos, não será ainda mais estranha esta atitude por parte de quem investiga?
A ver vamos.
Em 2007 ficámos sem saber se o nosso primeiro efectivamente acabou o curso que lhe dá o titulo de engenheiro, os documentos que o comprovariam "desapareceram".Sem comentários.
Em 2008 e no decorrer deste trimestre vamos assistindo a uma telenovela que nos envergonha a todos, os actores são maus, o guião tresanda a colômbia,e a co-produção entre portugueses e Ingleses fica aquém do expectavel (dada a tradição dos mesmos nas reconhecidas soap operas).
Enfim, tudo é mau nesta produção.
Mas uma das actrizes principais deste processo, a procuradora Cândida Almeida,encarregue da boa condução do mesmo rumo ao objectivo principal, que para o leigo (leia-se honesto), será sempre a descoberta da verdade, não pára de nos surpreender. Acontece que , ao que parece existe e está na posse dos investigadores Ingleses um tal Dvd com conversas algo compremetedoras para o Engenheiro Socrates, chegando mesmo a ser citado o seu nome por um dos visados do processo apontando-o como corrupto o então ministro do ambiente, agora Primeiro-ministro.
Existindo de facto este Dvd, não seria aconselhável aos responsáveis pela Investigação darem uma olhadela, sei lá, ainda que à hora de almoço ou na pausa para café, de forma a procurar indagar se algo que o mesmo contenha possa ser traduzido em pista ou pistas para a descoberta da verdade?
Diz a procuradora com toda a propriedade que tal objecto à luz do direito em Portugal não pode ser considerado prova, dado que seria necessaria a autorização dos intervenientes aquando da escuta e para o uso do mesmo como tal, e daí e passo a citar a procuradora "nem querer saber o que o mesmo contém para não compremeter a investigação".
Mas não será o inverso, ou seja, o não visionamento do tal Dvd, um passo largo para comprometer não só a investigação, como a confiança de quem assiste em quem investiga o caso?
Vamos a um caso pratico: O meu predio tem 40 fogos, morre alguem assassinado nas escadas e tudo aponta para que tenha sido um dos moradores. Dias após é entregue às entidades competentes uma gravação feita por um conhecido de um dos moradores e na qual o mesmo é visado como um potencial e muito provável assassino.
A gravação em si não serve de prova, não é indiscutivel a culpabilidade só porque alguem o diz. Mas será uma atitude plausível por parte de quem investiga o caso pura e simplesmente ignorar esta informação? Nada fazer será normal?Não será importante e não deveria até ser do interesse do visado esclarecer este assunto de forma a ver o seu nome limpo se inocente?
Uma coisa é certa, da fama não se livra. E neste país, e para a maioria das pessoas, a ideia é cada vez mais a de que somos governados por alguém que vê constantemente o seu nome ligado a casos menos claros. Numa altura de crise, de desacreditar generalizado em relação a tudo e todos, não será ainda mais estranha esta atitude por parte de quem investiga?
A ver vamos.